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O Fio Dourado das Perdas

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A vida é uma tapeçaria tecida com fios de encontros e desencontros, de chegadas e partidas. Em um olhar superficial, as perdas parecem meros buracos nessa trama, falhas que nos diminuem e nos deixam incompletos. No entanto, a psicóloga e escritora Judith Viorst, em seu livro "Perdas Necessárias", nos convida a mudar essa perspectiva. Ela nos mostra que, longe de serem apenas vazios, as perdas são elementos essenciais do nosso crescimento, são oportunidades para nos tornarmos mais plenos e autênticos.


A perda, em suas diversas formas — seja a inocência da infância, um relacionamento, um ideal de vida ou até mesmo partes de nós mesmos que já não nos servem — não é apenas um evento. Ela é um processo, um rito de passagem que nos força a confrontar a realidade da mudança.


Essa perspectiva encontra eco na Psicologia Transpessoal que integra aspectos da espiritualidade e da transcendência à ciência psicológica.


Para a Transpessoal, a alma não se quebra com as perdas; ela se expande. O vazio que a perda deixa é um espaço sagrado para o surgimento de algo novo, para o desabrochar de uma nova consciência.


Não se trata de ignorar a dor, mas de reconhecê-la como um guia. O luto, sob essa ótica, é um ritual de entrega. Ao soltarmos aquilo que já não nos pertence, permitimos que a energia estagnada flua novamente.


A perda de uma amizade, por exemplo, pode ser a oportunidade para nos conectarmos mais profundamente com quem realmente somos, para definir nossos limites e descobrir novas formas de nos relacionarmos. A perda de um emprego pode ser o impulso para a criação de um novo caminho profissional, mais alinhado com o nosso propósito de alma.


Assim como uma árvore precisa soltar suas folhas para se preparar para um novo ciclo, nós também precisamos nos desapegar. As perdas nos forçam a olhar para dentro, a questionar quem somos sem as "muletas" que nos davam segurança. Nesse processo, podemos nos deparar com um eu mais vulnerável, mas também mais forte e conectado com uma sabedoria interior.


A visão da Psicologia Transpessoal sobre as perdas nos convida a encarar a vida não como uma jornada de acúmulo, mas de desapego e renovação. Elas são, em essência, desafios para a nossa alma. Cada "adeus" é uma oportunidade para um "olá" maior, para uma conexão mais profunda com a nossa verdadeira essência e com o universo.

 

 
 
 

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